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Uns querem despesa do Estado outros querem requalificar as infrastruturas e equipamentos da nossa ilha. Quem terá razão?



Em época atribulada de acusações mútuas na ilha Graciosa entre os dois principais partidos na região, uns apresentam comunicados a queixar-se por tudo e por nada e existem outros que têm um caminho traçado e um rumo mais realista e mais condizente com a situação económica e social da nossa região.

Foram apresentadas ideias nos últimos meses que até tem coerência mas que, ao contrário da linha estratégica da oposição a nível nacional, só vêm aumentar a despesa pública e aumentar a dívida pública. Ora o que a Graciosa necessita não é de mais despesa e mais equipamentos e infrastruturas para estarem paradas e sem qualquer tipo de uso ou obras megalómanas que não são autênticos "atentados" em época de crise. As obras que o Governo Regional tem estado a adjudicar e a inaugurar são construções com sentido prático e que só vêm enriquecer a nossa ilha e dotar a nossa pequena terra de tecnologias e equipamentos que permitam melhorar a aposta no turismo de natureza e não de massas traçado para as ilha de coesão. Este é um rumo verdeiramente coerente e sem promessas de mundos e fundos inalcançáveis, pelo menos a curto prazo. O dinamismo está a chegar à Graciosa e estão a criar-se postos de trabalho para os jovens estudantes graciosenses que decidam prosseguir estudos no ensino superior.

Um exemplo de total despesismo seria a concretização da proposta da oposição de criar uma variante em Sta Cruz. Esta seria mais uma anedota, para juntar ao livro de anedotas já bem composto na nossa ilha. O trânsito na Graciosa já é reduzido e existem estradas por requalificar. Para quê construir uma variante numa ilha tão pequena, em que a pé se chega a qualquer lado e as estradas existentes não estão bem aproveitadas ainda? Outros pretendem aumentar as intalações de algumas colectividades que não necessitam de tal alteração nas suas sedes, enquanto na freguesia da Luz persiste um puro exemplo de degradação da sede da filarmónica local onde há décadas atrás se faziam os melhores bailes da ilha Graciosa. A Filarmónica União Popular Luzense, essa instituição de prestígio na ilha Graciosa, essa sim necessita de apoios do Estado para prosseguir os seus fins e restaurar as instalações que detém. Mas há quem queira a deslocação dos apoios para as suas casas já "cheias" de dinheiro "empatado", tal como se diz na gíria, e ainda querem mais. Esses sim estão sempre à caça dos fundos públicos, que nesses casos não estão a ser bem empregues.

Com isto tudo quero dizer que é preciso ter uma política de despesismo de qualidade e não em quantidade excessiva e sem qualquer fundamento. É necessário, primeiro, manter o que temos de bom na ilha, restaurar as nossas insfrastruturas e equipamentos e só depois partir, com projectos credíveis e bem estruturados, para uma política de construção de mais instalações e de aumento das já existentes. Temos de dar um passo de cada vez. Com passos curtos se vai longe.





Redacção: Tiago Santos

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